sexta-feira, 28 de junho de 2013

#ACORDABRASIL #PORUMBRASILMELHOR




Finalmente saímos da imobilidade, desmentimos a nossa fama de comodidade, estamos fazendo valer a nossa voz. Mas e aí, você sabe pelo o quê você grita? Você grita por algo que acredita? Tudo que sei é que venho esperando por esse dia desde que tomei consciência sobre a minha vida.
Escrevo o tempo todo sobre o que penso, sobre o que gostaria que as pessoas percebessem e movimento é de fato, meu assunto preferido. Sei que nem todas as íris enxergam mesmo o que acontece ao redor, bem como nem todo corpo é realmente preenchido. Há os que vagueiam, os que precisam de motivo, os que precisam dos outros. Mas eu confesso que sequer imaginei que uma revolução, aqui nas terras tupiniquins, iria ser tão repleta de confusão, por mais que isso pareça óbvio agora.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Verdinha e Amarela

Não, não estou falando de cédulas ou de potes de ouro. Estou falando das cores da nossa bandeira, mas sem nacionalismos ufanistas ou alienações. Acho que sabemos muito bem do que vai mal e do que nos dizem que vai bem. Mas e então, meu bem, fechar os olhos e odiar a pátria eternamente vai mudar o quê? Você vai continuar o mesmo reclamão de sempre, que sentado brada pelas injustiças de um país que querendo ou não, é feito pelo seu povo.
Sim, sou eu e você, somos nós quem fazemos o Brasil. Somos nós que votamos nos corruptos, somos nós que podemos tirá-los do poder e ainda somos nós que podemos nos manifestar. Uma agulha no palheiro? Antes de outras mil agulhas, ao menos um alfinete solitário teve que aparecer!
Mas voltando às cores e lembrando ainda da alienação, já parou pra perceber que a bandeira dos EUA está nas roupas, nos fotologs, nos mais minúsculos detalhes do nosso dia-a-dia e que nós, brasileiros, costumamos ser grande propaganda ambulante de tudo isso? “Os Estados Unidos da América é uma potência mundial, natural a comercialização intensa de produtos que nos façam lembrar do país e o fato de eu usá-la não significa que eu despreze o meu”. É mesmo? Mas, por que não vemos esses shorts tão descolados que levam estampas de bandeira, com as cores do NOSSA bandeira? Por que nenhuma marca aposta no verde e amarelo pra vender? Por que você se recusa a pensar na possibilidade de vestir algo que lembre a nossa bandeira ou pior, só o faz em tempos de Copa?

domingo, 9 de junho de 2013

Viajar no ar

Estou na boca do furacão. No olho do caos. Na iminência do buraco negro e tudo que consigo fazer é vagar. Vagar pelas intenções humanas. Vagar porque não entendo seu pensar. Vagueio por não querer me importar. Porque não quero sentir. Alheia a tudo e a todos. Me sentir como um ser que acorda só pra transgredir as horas. Para não me esfacelar e fim.

Estou entre sentir muito e a apatia. Meus pensamentos são como flashs violentos de consciência. Minha vontade é de parar e respirar. Sentir a brisa, viajar no ar. Ser a natureza por uns segundos pra ter aquela certeza de volta. Aquela ideia que só eu basto. Me basto e me faço em qualquer lugar. Mais ainda aqui, no meu lar.
Fugi por dias de sentir, pra cair de joelhos na sua frente e voltar à essa conhecida sensação. Te odeio. Principalmente porque se você não morrer aqui, vai morrer mais a frente, do mesmo jeito..de sempre. Me deixar no pôr do sol com as rosas que não te dei. Com os carinhos que nem pra ti joguei. Mas quem se importa?

Dia Amarelo

                                      

Iniciou-se numa manhã chuvosa, de muita preguiça e paisagem completamente alaranjada. Naquele dia não queria nada, mas ali começava a minha rotina que também estava marcada para acabar naquela semana. Sim, era a última semana dos meus compromissos. O tipo de sensação que me trazia paz, porque só assim poderia organizar e fazer tudo que por tanto tempo planejei.
Então a chuva firmou-se, o tempo passou e o dia foi assumindo outras cores. Eu ficava ali estática olhando pro céu, apreciando a variação dos tons e também me transformando com eles.  Embora externamente eu corresse (porque assim exigem as rotinas) era assim que me sentia por dentro.

Vendo a luz colorida entrar por entre as brechas das janelas, pensei sobre tudo, sobre o que teria me levado àquele dia. Só sei que no fim de tanto refletir, percebi que assim como descobri um sentimento com um balão amarelo, num dia que findou com a mesma cor, tinha certeza que ele já não mais me pertencia. Não, eu não mais te queria. Já tinha a certeza que nós não fazíamos sentido, sabia que fomos uma piada do destino. Uma piada estranha e que me fez refém por um bom tempo. Mas acabou. Ainda bem.