Estou à margem de tudo e tão fundo em mim.
Porque aqui dentro tudo é lembrança, experiência e expectativa do que está por
vir e do devir de viver. Do dever de
realmente saber viver. Mas tudo
parece miragem, dessas que só se admira e satisfaz no simples mirar do olhar.
Vejo as intenções brandas, os movimentos sombrios, minha cabeça pontua cuidadosamente
todo esse andar vazio.
Essa gente que não diz quase nada sobre seus pensamentos tolos, que pensa que me engana com esse andar melindroso. Enxergo o descaso, a inveja e a distância do que me compreende. Pois na verdade, minha realidade dista de tudo que os meus olhos alcançam no momento..
Insatisfeita, eu? Apenas vejo. Olho, me interesso ou não. Talvez só remexo, observo enfim as ondas quebrando nos meus pés. Tudo é mistério e alheio demais pra que eu me encaixe e participe. É interessante até, perceber e analisar o que passa de dia. Mas à noite escureço e a razão me preenche atentando o incômodo da imobilidade. Imóvel eu me sinto nesse meu mundo perfeito de distrações. O que me entretia, já não faz sentido e o que vem no raiar de mais um dia, são só bonecos de lata ou de vidro. Aqui estou eu, fitando essa vida, caindo em mim.
Estou pulando entre minhas verdades e o meu raciocínio, entre o que me puxou pra debaixo da terra e o que devolveu meu ar. Tenho respirado, só não consigo andar. Me explica então, meu Deus, por que as peças se encaixam pra depois se misturar? Quando é que você vai me dar o prazer de ver tudo finalmente se ordenar?
Essa gente que não diz quase nada sobre seus pensamentos tolos, que pensa que me engana com esse andar melindroso. Enxergo o descaso, a inveja e a distância do que me compreende. Pois na verdade, minha realidade dista de tudo que os meus olhos alcançam no momento..
Insatisfeita, eu? Apenas vejo. Olho, me interesso ou não. Talvez só remexo, observo enfim as ondas quebrando nos meus pés. Tudo é mistério e alheio demais pra que eu me encaixe e participe. É interessante até, perceber e analisar o que passa de dia. Mas à noite escureço e a razão me preenche atentando o incômodo da imobilidade. Imóvel eu me sinto nesse meu mundo perfeito de distrações. O que me entretia, já não faz sentido e o que vem no raiar de mais um dia, são só bonecos de lata ou de vidro. Aqui estou eu, fitando essa vida, caindo em mim.
Estou pulando entre minhas verdades e o meu raciocínio, entre o que me puxou pra debaixo da terra e o que devolveu meu ar. Tenho respirado, só não consigo andar. Me explica então, meu Deus, por que as peças se encaixam pra depois se misturar? Quando é que você vai me dar o prazer de ver tudo finalmente se ordenar?
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