No
francês, meu lar que naturalmente é moço, se torna mulher e nela hoje vou me
perder. Falar do passado, do que passo e de onde quero estar. Tudo porque no
início eu era mar, mas via deserto. Areia por todos os lados, calor e seca em
todo espaço ou rastro de visão. O tempo passou e daquele mesmo modo nômade que
costumo ser, voltei pras minhas águas. Voltei,
mas ainda sentia as dores de viver em dunas. Eu não era, só contemplava “o ser”
alheio. Então, depois de um longo suspiro me dei conta que o ardor do sol mexeu
comigo, afinal só em delírios contemplar as ondas me bastaria.
Eu precisava
mergulhar, deixar essa coisa de terra um pouco de lado e voltar a ser quem eu
era, quem realmente sou.. Saltei da areia e corri pra água, pra nadar na
imensidão que persegui por 2 anos soltos no espaço. 730 dias de escassez com estranhos benefícios. Até porque nem a dor
consegue ser plena quando a alma não é pequena.
Pequena eu sou
neste mundo, mas me sinto livre enquanto a
água me completa. Meu pulso só corre enquanto escorro nessa dimensão imersa,
borbulho versos incompletos de uma conversa, um pensamento, um sonho sem senso.
Mas só em prosa venho declarar a minha satisfação de finalmente estar com
ela. De afundar no meu lar. Porque o
fundo aqui, não é sombra mas sim, beleza oculta.
Tive que passar 3 dias omissa, pra entender na alma que só o que me fazia pensar era estar no meio desse movimento. No balanço das marés ou no burburinho do povo. Ah, o povo! Esta minha gente que no meio do caos dança uma música inaudível e ri sem motivo. Coisa de conto, mas que eu vejo na rua, num dia de tédio, calor e fervência. Sim, pois as profundezas das águas podem ser frias mas a superfície esquenta!
Ah, meu lar. Meu canto, encanto de Deus dará. Minha Bahia de todos os santos, todas as crenças e orixás. Voltei pra ti, deságuo aqui e nunca mais quero te deixar. Só vou até onde meus versos me levarem e suas águas me carregarem, além mar.
Tive que passar 3 dias omissa, pra entender na alma que só o que me fazia pensar era estar no meio desse movimento. No balanço das marés ou no burburinho do povo. Ah, o povo! Esta minha gente que no meio do caos dança uma música inaudível e ri sem motivo. Coisa de conto, mas que eu vejo na rua, num dia de tédio, calor e fervência. Sim, pois as profundezas das águas podem ser frias mas a superfície esquenta!
Ah, meu lar. Meu canto, encanto de Deus dará. Minha Bahia de todos os santos, todas as crenças e orixás. Voltei pra ti, deságuo aqui e nunca mais quero te deixar. Só vou até onde meus versos me levarem e suas águas me carregarem, além mar.
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