E o que seria de
tudo sem o movimento? Bom, sei que
se o mundo fosse estático, eu não seria uma partícula constituinte do mesmo.
Porque meus átomos, assim como qualquer outra substância que me define, não só se movem, como vivem o dinamismo que os
fazem ser.
No entanto, foi na
inércia que novamente vacilei e me pus a pensar na essência. Na composição, que
eu sempre defendo ser a mais importante. Ando vendo que a minha tendência de
nadar contra corrente, atrai não só os resistentes como os que vendem a ilusão
de uma revolução. Sim, pois o mundo na verdade divide-se em 3: os que lutam, os
que aceitam e os que fingem aceitar.
E esses que têm a
arte de fingir, são mesmos projéteis que incomodam. Pequenos mas que ocupam um
espaço que não se pode desprezar. Ainda assim, os encaro. Confronto suas
intenções como se pudesse tocá-las com os olhos. Algumas vezes, penso que eles
sentem enquanto foco minha artilharia, outras, acho graça por notar tudo isso e
ainda assim não ser percebida.
Percebam que a
encenação não absorve experiências. Muito menos que a maturidade é feita de
cópias. Pois quem cria, sempre inovará, na sua presença ou ausência e você
plágio imperfeito de um cérebro real, é puramente oco. Você cansará rápido e
logo se tornará inútil. Afinal, se sustenta com as pernas gastas do vizinho,
uma base com data pra expirar. Quem
constrói assim o fará, até o fim.
Até que em si, não caiba mais tanta beleza.
Por sinal, tua
aparência que atrai, também se vai. Me cansa e me distrai. Mas um dia, volto
minha atenção pra seres de maior importância. Os que vivem por si e não pelos
demais.
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