Certa vez um rapaz
Disse que faço
Perguntas óbvias
Eu ri de canto
Concordei no riso
Mas não admiti
Faço perguntas
Que já sei as respostas
Porque às vezes
Não quero acreditar
No que entendi
Gosto de dar
O benefício
Da dúvida
Gosto que os outros
Me surpreendam
Não pensem
Que pergunto se
A chuva molha
Ou se o Sol esquenta
Geralmente
Quero confirmar
Os pesos dos afetos
Se o teu caráter
Me parece balançar
Me farei de
Desentendida
Se você machuca
Enquanto me sorri
Vou querer
Que assuma
As tuas garras
E farei tudo isso
Lançando mão
Da inocência
Que todo curioso
Ou aprendiz tem
Quando pergunta.
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