O sufoco das ideias me toma muito
facilmente. Era sopro de esperança e luz, agora é densidade e angústia fora de
hora. Eu tenho esse hábito de sofrer por antecipação. Antevejo minha queda,
antes mesmo do impulso ser desenhado.
Não consigo cair em graça por
tanto tempo. O medo vem na contramão e me atinge. E eu, tão conformada com o
choque, sempre o espero. Talvez até o anseie, pois é o que conheço. E não há
ignorância maior do que o desprezo pelo desconhecido.
Ás vezes acho que é a maturidade
que me rouba os sonhos na raiz. Outras, penso que é só porque eu não sei ser
feliz. E eu quero, no íntimo do meu ser, abraçar a alegria por um tempo bem
maior do que tenho feito. E por isso tenho muito o que aprender. Tenho muito o
que deixar fluir. Quero ver-te sem temer uma vez mais cair.
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