A maioria feminina
quer caber no ínfimo espaço
que o patriarcado permite.
Assim, um mar disputa,
digladia,
se diminui,
desqualifica.
A menina aprende que
É mais mulher
Se colocar a outra no chinelo.
Afinal, dois corpos
não ocupam o mesmo espaço.
Mas eita: em tempos de rebeldia
A gente aprende
que dá pra abraçar a outra mina.
Criamos redes,
Viramos “nós por nós”.
Isso enquadra legal
na legenda da foto.
Mas na trincheira,
Quando tu vê outra mana,
Tu abraça ela?
Tu encara o sucesso dela
como o teu sucesso?
Ou é você por mim,
Enquanto der
pra você olhar de cima?
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