sábado, 30 de janeiro de 2016

Feitiço


Eu tava como sempre, no meu canto, perseguindo minha velha cauda e ouvindo o silêncio do caos. Te encontrei no caminho e você sorriu pra mim. Então rimos, dividimos aquelas pistas que certa feita tomaram nossos dias, aquele passado ferido, nosso presente despretensioso. Foi afetuoso, claro. Partilhamos o coração e prometemos ser sinceros no processo.
Quando o sentimento é puro, ele é assim. A gente vai lá e fala, não mede as consequências. Mas os dias passam e a consciência chega. A gente começa a pesar. A gente duvida que tudo possa realmente ser tão simples. Porque nunca foi.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Velha Infância


Queria ter certeza, mas eu bem sei quanto é fácil errar. Eu tava ali o tempo todo, mirando na dúvida, esperando uma brecha pra escancarar a verdade dele. E quem sabe trazê-lo comigo numa cor meio louca, meio solta, tão instável quanto o tal. Mas no meio do caminho esbarrei em você. E foi óbvio. Deus bem sabe que tenho uma mente cansada, que prevê e espera.

domingo, 3 de janeiro de 2016

À flor da pele.


Este sentimento esteve agarrado comigo por uns dias, mas só agora pude deixá-lo fluir. Você sabe, há certos padrões sociais que precisamos cumprir... Acho que o grande conflito está na pele, de fato. Nos arrepios, nos pulsos, na necessidade de sentir.
Ando tão à flor da pele que alguns detalhes tem ganhado imensidão aos meus olhos. Sabe a crise dos 20? Aí vamos nós aos 21! Andei querendo viver tudo que não vivi, de uma vez. Apagar minha mente e deixar os impulsos tomarem conta.