sábado, 18 de julho de 2015

Quase


Era pra ir, mas não foi. Não foi não, e aí? E aí nada. Fico nadando na obsessão que a ideia me deixou. Era só projeção e quando se aproximou, eu peguei e acreditei. Agora não consigo largar. Não consigo parar de correr atrás dessa cauda. Porque é difícil de acreditar que não vai ser de novo. Porque já não foram tantas outras vezes e eu achei que já sabia a dor do vazio. Por isso te viro e reviro. Te mudo de perspectiva, só pra me certificar de que não há confusão. Só pra cair até o fundo do poço. Pra afundar de vez. Até cair na real. Chorar, te maldizer, me perder. Me blindar.
E esperar, esperar, esperar... Até cair outra vez. Será? É o que tem acontecido por aqui. Porque dizem que só faz sentido quando você para de procurar. Mas juro que na maioria das vezes, parece que a agonia me procura. Eu só agarro demais ou solto na hora errada. Quem vai saber? Eu acho que os sortudos só contam com a surpresa e nada a mais.
Tô no concreto esperando ser surpreendida pelo espiritual, sobrenatural, sobrehumano. Eu gosto da fantasia, não posso negar. Mas não gosto do quase. Só convivemos. Estou entediada com a bruma da emoção. Talvez por isso me afunde. Só pra sentir. Será? Quando vai acabar? Quando vai começar do jeito certo? Quem vai saber...
Agora eu sou confusão. Não sei pra quem correr, nem quando parar. Não sei a quem recorrer, nem quanto tempo a minha paciência vai durar. Tô fugindo da solidão, porque se me encaro quero gritar. Eu não me aguento. Eu não suporto a repetição. ELE sabe. Ou deveria saber. Quem vai dizer? Não tá dando, viu. Não tá dando não.

Nenhum comentário:

Postar um comentário