quarta-feira, 22 de julho de 2015

Desculpa?


Quem você quer enganar quando muda de opinião na última hora? Que verdade é essa que você despeja mastigada na minha cara? Sou eu que incomodo ou são os ideais que você construiu na sua cabeça? Faz parte mentir? Parte de quem?
Eu nem te pedi nada. Eu te mostrei opções. Você pode se abrir comigo, dividir a carga. Pode também me apontar o dedo e viver seu rancor. Quem foi mesmo que criou toda essa dor que você carrega no peito? Não me lembro de ter apontado a arma.

sábado, 18 de julho de 2015

Quase


Era pra ir, mas não foi. Não foi não, e aí? E aí nada. Fico nadando na obsessão que a ideia me deixou. Era só projeção e quando se aproximou, eu peguei e acreditei. Agora não consigo largar. Não consigo parar de correr atrás dessa cauda. Porque é difícil de acreditar que não vai ser de novo. Porque já não foram tantas outras vezes e eu achei que já sabia a dor do vazio. Por isso te viro e reviro. Te mudo de perspectiva, só pra me certificar de que não há confusão. Só pra cair até o fundo do poço. Pra afundar de vez. Até cair na real. Chorar, te maldizer, me perder. Me blindar.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Menino ansioso


A verdade é uma só: sejamos sinceros até o ponto em que o outro possa me interpretar. Porque querido, eu devo comentar que tenho a sensação de que já escrevi isso antes. Sei que nossos pesadelos muitas vezes nos mantêm afastados da verdade. Sei que o medo nos cerceia a mente na hora de dizer o que deve ser dito. É por isso que escrevo.