domingo, 1 de abril de 2012

Raios de luz


Invariavelmente sou atingida por raios luminosos... raios que me iluminam ou que me encantam de alguma forma, me fazendo querer cativá-los. Cativo-os porque a vontade de cuidar em mim é grande e pouco é preciso para despertar essa habilidade. Mas eis que nessas terras desérticas, iluminar é inevitável e desconfiar parece necessário.

Alguns raios de sol me remetem à uma certa escuridão que andou comigo.  Não falo de tempos difíceis, mas sim daquela escuridão amiga, que ainda me faz falta e me faz voltar os ponteiros na maior parte de tempo. Esses mesmos raios foram castigados e logo me condenam por meus traços...

É certo que o título de culpa frequentemente me é dado sem julgamento, mas diante de tal perseguição é hora de dar advertências! Raios que possuam raízes nessas terras secas, saibam que não sou como nada que vocês tenham irradiado. Não é prepotência ou síndrome de superioridade, apenas percebam que não viemos da mesma terra e por mais que meus atos transpareçam algo conhecido [ ou que por um acaso, vocês julguem desprezível ] certamente é só aparência. Pois meus risos e besteiras é só o que transborda do meu copo rachado, há muito em mim que se perde e que eu guardo resistentemente.

Perspectivas comuns, são irreais. Eu atendo aos meus anseios e às minhas verdades, concordando ou não, com a maioria. Não rirei se assim não quiser. Logo, não criem planos ou perfis facilmente manipuláveis ou encontrados... Há muito nesse copo rachado, que não se mostra. Meu mar é muito mais extenso do que se pode imaginar..

Minha mente é passada pro presente, mas meus planos sempre estarão à frente. Minha alma é liberta e não se prende ao sertão. Desistam de tachar-me, porque em mim isso não tem mais nenhuma significância. No mais, iluminem-me, brilhem, façam o bem que de mim, o receberão também.

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