(originalmente escrito em: 27/02/2012)
Sempre que
idealizamos um mundo novo ou entramos supostamente nos nossos sonhos, fazemos
isso em um tempo diferente. Nesses lugares os ponteiros giram de outro jeito,
às vezes rápido demais, outras um pouco mais lentas e ainda há a possibilidade
do estático. No último caso, ficamos nessa outra dimensão e quando acordamos o
tempo volta a correr exatamente no mesmo ponto em que havia parado. E é
observando esses pequenos detalhes, que podemos concluir que o tempo é mesmo o maior temor humano.
Isso simplesmente porque ele é abstrato, incontrolável, determinista e tem posse de tudo que se passa com a vida na terra. E diante disso, no meu limitado espaço nada mágico, tenho pensado que o relógio também me assombra. Mas não como na maioria dos casos, pelo medo da efemeridade. Acho mesmo que meu espírito é um tanto antigo e invariavelmente imagino como será quando externamente eu tomar essas proporções. Meu temor consiste e pára bem no meio disso tudo.
Agora mesmo, eu estou dentro do relógio, me prendendo a horários repetidos, sentimentos conhecidos, refletindo sobre quando a chuva e o sol vão assumir meu ritmo.
Isso simplesmente porque ele é abstrato, incontrolável, determinista e tem posse de tudo que se passa com a vida na terra. E diante disso, no meu limitado espaço nada mágico, tenho pensado que o relógio também me assombra. Mas não como na maioria dos casos, pelo medo da efemeridade. Acho mesmo que meu espírito é um tanto antigo e invariavelmente imagino como será quando externamente eu tomar essas proporções. Meu temor consiste e pára bem no meio disso tudo.
Parece fácil fazer
planos pro amanhã ou lembrar do que foi feito ontem, mas e o hoje? Como a gente passa e resiste ao agora? Não dá para simplesmente cochilar e
deixar os milésimos pra depois, o presente é importante e perdê-los não é algo
que eu realmente considere. Mas mesmo lutando para aproveitar os meus minutos,
tudo parece mesmo perdido. É só que os traços da minha trilha gostam de se
mostrar enquanto estou “acordada”.
E quando eles se
mostram, não gosto do que vejo, nem gosto de perceber que não posso fazer nada
quanto a isso. Só esperar, que o tempo passe, o calor esfrie e de repente eu me
ocupe com outras coisas. Eu fui feita pra voar e não pra parar. Não consigo
entender a velocidade mundana, afinal a minha mente corre e eu só ando. Ando pensando quantas vezes me incomodo
pela sensação que fica quando não há nada
a ser feito.Agora mesmo, eu estou dentro do relógio, me prendendo a horários repetidos, sentimentos conhecidos, refletindo sobre quando a chuva e o sol vão assumir meu ritmo.